Participação do ISSA no incentivo da criação de abelhas nativas sem ferrão em Guarujá
Por equipe ISSA em 30/10/2023,
Guarujá, um Oásis para as Abelhas Meliponíferas
Recentemente, uma notícia espetacular trouxe um sopro de esperança para a biodiversidade de Guarujá. Foi aprovada a Lei que estabelece diretrizes para a criação, manejo, transporte, comércio e proteção das abelhas nativas sem ferrão, também conhecidas como meliponíneos, no município de Guarujá. Além de regulamentar a criação dessas espécies de origem nativa, a nova legislação visa incentivar a preservação das abelhas locais, reconhecendo seu indiscutível papel ecológico.
Abelhas Nativas Sem Ferrão: Tesouros de Guarujá
Estas abelhas nativas, desprovidas de ferrões, desempenham um papel fundamental na polinização das plantas e na manutenção do equilíbrio ecológico na região. São verdadeiros tesouros da biodiversidade de Guarujá. A aprovação dessa lei estabelece uma distinção clara entre as abelhas meliponíferas e a Apis mellifera, conhecidas como abelhas africanizadas e europeias, que possuem ferrão e geram algum receio na população. O cultivo das abelhas Apis mellifera é expressamente proibido no território urbano de Guarujá, de acordo com o Código de Posturas Municipais.
A Importância da Lei e do Estudo do ISSA
O Instituto de Segurança Socioambiental (ISSA), em colaboração com a Associação de Meliponicultores do Estado de São Paulo (AMESAMPA), desempenhou um papel crucial na elaboração dessa lei e na conscientização sobre a importância das abelhas nativas sem ferrão. Um estudo conjunto foi encaminhado via ofício ao COMDEMA de Guarujá, destacando a necessidade de incentivar e preservar essas espécies, apesar da proibição existente no Código de Posturas de Guarujá, que não faz distinção entre abelhas nativas e abelhas africanizadas.
Pulverização de "Fumacês" e os Impactos
Outro ponto crucial abordado no estudo foi a pulverização periódica de "fumacês" para controlar vetores de doenças como a dengue e a chikungunya. Essa medida, apesar de afetar drasticamente a população de abelhas, é considerada ineficaz para o controle desses vetores, como apontado no estudo do ISSA com a AMESAMPA. Além disso, a Organização Mundial de Saúde recomenda que essa seja a última medida a ser usada para esse fim.
A Nova Lei e a Gratidão à AMESAMPA
Por fim, graças ao trabalho conjunto e ao estudo realizado, foi possível elaborar uma minuta de norma para regulamentar as abelhas nativas sem ferrão em Guarujá. Esse esforço culminou na aprovação do Projeto de Lei nº 219/2023, que agora é uma realidade para a nossa cidade.
A AMESAMPA publicou a notícia em seu Instagram, expressando gratidão ao Instituto de Segurança Socioambiental (ISSA) por seu papel vital nesse processo. Agora, Guarujá se torna um oásis para as abelhas meliponíferas, onde a proteção e preservação dessas espécies nativas são prioridades, e seu papel essencial na manutenção do nosso ecossistema é reconhecido e valorizado. É um grande passo em direção a um futuro mais sustentável e equilibrado. Juntos, estamos construindo um Guarujá mais consciente e harmonioso com a natureza.